o tempo respondeu ao tempo que o tempo tem tanto tempo como tempo o tempo tem."
o tempo à bocado respondeu-me que voltava ao normal lá pra meio deste mês.
ele não me costuma mentir. por isso esperem lá um bocado :)
um desabafo de um dia de chuva que criei enquanto apanhava sol no jardim da minha varanda.
Há dias em que nos apercebemos dos cheiros da manhã mal fechámos a porta de casa.
Há outros que não.
Há dias em fazemos “check” em todos os compromissos da agenda e ainda conseguimos ler uma página do livro que nos ofereceram naquele dia especial.
Outros há em que ficam até compromissos por cumprir.
Há dias em que nos dá vontade de cuidar com carinho dos laços de amor que construímos.
Outros em que dá a sensação que acordamos para os estragar.
Há dias em que ficamos felizes quando, ao deitar, percebemos que não passamos pelo sofá e não perdemos tempo com a TV.
Outros há em que o sofá parece estar encantado e com o poder absurdo de nos amarrar nele em eternidades vazias.
Há dias em que a nossa alegria é tão contagiante que fica difícil acreditar que não temos colocados uns grandes óculos verdes com guizos de cores de festa e um nariz de palhaço bem vermelho e redondo.
Outros em que, sem razão aparente, a nossa sobrancelha levanta e expressões de irritação e desilusão invadem a nossa cara e não arredam pé… e sentimos que nos vamos afastando de nós, do mais essencial e bonito que temos e somos. E vamo-nos apercebendo que vamos fazendo “o mal que não queremos” e não conseguimos concretizar todo “o bem que temos para fazer”.